As
observações que farei a partir de agora foram resultados de experiências que
tive e pesquisas que fiz na Web, porém não sem nenhum embasamento científico de
minha parte, uma vez que minha formação não tem absolutamente nada haver com a
área Biológica.
Um breve
história...
Você passa em uma loja vê aquele peixe que você
estava procurando há meses, você não resiste e o leva para casa, contrariando
sua mãe ou esposa.
Chegando em casa, você faz todo processo de
aclimatação, afinal de contas, você é experiente não vai dar um choque de Ph ou
temperatura no peixe.
O peixe está lindo, esbanjando saúde, o
vendedor falou que já foi quarentemado em sua loja e realmente, não apresenta
nenhum sintoma além de alimentar-se normalmente.
Hora da soltura, pronto, nada normalmente e
parece bem adaptado aos demais moradores do aquário, lindo, você tira algumas
fotos para postar para os amigos, afinal aquele é um exemplar é um espetáculo.
Dois dias depois, você verifica que o peixe
parece nadar estranho, isso não é normal, você é um bom aquarista, observa seu
aquário diariamente para perceber qualquer variação e aquilo definitivamente
não é normal, você retira o peixe para o aquário hospital para ficar em
observação, enquanto entra no fórum para tentar ajuda de um amigo com mais
experiência.
No dia seguinte, o peixe está morto, ao
observar seu aquário, verifica que tem outro peixe morto, situação se repete
dia após dia, a sequencia é impressionante, ao fim de duas semanas restaram
apenas alguns poucos peixes de fundo. Seu aquário antes tão lindo e motivo de
orgulho fora dizimado.
Você reflete sobre o ocorrido, investira em um
aquário high tech, equipamentos de ultima geração que monitoram os principais
parâmetros da água, iluminação especial, filtragem superdimensionada com mídias
de excelente qualidade, a alimentação dos peixes é de uma marca conceituada.
Investiu também um aquário hospital com os equipamentos necessários, mas
esqueceu de um ponto chave, você não tem aquário para quarentena (Aquário de
quarentena, é um aquário devidamente ciclado, com filtragem e iluminação, onde
o peixe deve passar por volta de 40 dias antes de ser introduzido no aquário
principal).
Este relato que acabei de passar para vocês, é
na verdade a triste experiência que tive, quando introduzi quatro botias
palhaço em meu aquário plantado em 10/2007 e uma delas apresentou sintomas de tuberculose,
em duas semanas perdi quase todos os meus peixes, com exceção de duas coridoras
que tenho até hoje.
Aprendi da
pior forma possível que a quarentena é algo que muitas vezes não se dá muita
atenção, más é extremamente importante e pode ser a linha entre o sucesso e o
fracasso de uma montagem.
Montei um
aquário apenas para quarentena, nada entrava em meus aquários sem que antes
passar por este processo, fossem plantas, invertebrados ou peixes.
Porém em
04/2010, tive um surpresa muito desagradável.
Recebi oito
bettas fêmea que um amigo me trouxe da Tailândia, eram bettas extremamente
lindos, percussores da linhagem super gold e com excelente potencial genético.
Os peixes foram postos em um aquário de quarentena e após este período, duas
fêmeas foram introduzidos em um aquário de fêmeas White Dragon, enquanto as
demais foram postas em aquário separado.
As bettas
postas com os Dragon apresentaram infecção por Columnaris, à doença se alastrou
e eu perdi todas as fêmeas daquele aquário. Fiquei sem entender, mesmo após os
40 dias a doença apareceu e mais intrigado quando percebi que os bettas postos
no aquário apenas com Golds, não apresentaram nenhum sintoma.
Pesquisei
bastante e li um texto muito interessante que desmistificou para mim o
problema. O texto possuía um paragrafo sobre quarentena que me chamou a
atenção, informando que não necessariamente o peixe que chega deve estar doente
para gerar um problema. Um aquário é um ambiente complexo, que atinge um
equilíbrio com a maturação, este equilíbrio significa também uma resistência
por parte dos indivíduos que ali vivem em relação a alguns patógenos contidos
no sistema. Quando um novo peixe é introduzido, seu sistema imunológico talvez
não esteja pronto para aquele ambiente, isso atrelado a stress, pode fazer com
que tais patógenos venham a aproveitar-se dessa baixa imunidade para se
manifestar. Com isso o peixe recém-introduzido serve de veículo para que a doença
ganhe força e se espalhe para os demais indivíduos. O patógeno até então
inofensivo para os habitantes do aquário, agora se torna uma epidemia.
Entendi meu
erro, em nenhum momento os bettas que chegaram tinha tido contato com a água do
aquário para o qual iriam. Novamente descobri da pior forma possível.
Baseado nas
experiências que tive, hoje utilizo o sistema de quarentena da seguinte forma:
Os peixes são introduzidos no aquário de quarentena, a cada 10 dias, é
realizada uma Tpa de 50% do volume do aquário, introduzindo 30% de água nova +
20% de água do aquário principal.
Após a
utilização deste método, verifiquei que a introdução da água do aquário faz uma
grande diferença e por muitas vezes resultou em prevenção de inúmeros problemas
que foram detectados ainda durante a estadia dos peixes na quarentena.
Espero que
tenham gostado e que as informações sejam úteis para vocês, e peço desculpas
por erros que por ventura venha a identificar no texto.
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