domingo, 27 de novembro de 2016

Criação de Dáfnias em Garrafa Pet

Bom pessoal, esse é um sistema bem simples para quem quer criar dáfnias, mas não dispõe de muito espaço.

As dáfnias ou pulgas d'água como são popularmente conhecidas, são pequenos crustáceos da subordem cladocera que medem de 2 a 4mm de comprimento, vivem em lagos e charcos onde a água é parada e rica em matéria orgânica, sendo o plâncton seu principal alimento.

Nome popular: Dáfnia ou Pulga D'água

Nome científico: Daphnia pulex

É um ótimo alimento para os peixes pois é rica em iodo, fósforo e cálcio mas apesar de ser altamente nutritivo, não devem ser dadas aos peixes mais de 2 ou 3 vezes por semana, por causa da grande quantidade de vitamina A que possuem, vitamina essa que só é benéfica em pequenas quantidades, além disso se colocadas no aquário em grandes quantidades, os peixes não irão consumir todas e elas acabarão morrendo conseqüentemente poluindo a água.

Fonte:http://www.aquaonline.com.br/

Bem vamos a construção você vai precisar de:



Uma furadeira
Uma broca chata 3/4
Uma tesoura
Um pedaço de tela plástica (usada em janelas para evitar entrada de mosquitos)

Vamos a construção:

Fure a tampa da garrafa com a broca o mais centralizado possível



Ficará assim:



Noque que restou um bordinha para encaixa a boca da garrafa



Agora utilizo um moeda de 1 Real como molde para fazer o corte da tela (Se você não tem essa tela, pode comprar um peneira em lojas de R$ 1,99 e corta a telinha dela). 
Obs: Não corte a peneira de sua esposa, ou sua mãe, falo por experiência própria

Ponha a moeda sobre a tela

Risque com ajuda de um lapis

Deve ficar assim:

Corte com cuidado, para que fique assim:

Agora coloque dentro da tampa da garrafa:

Rosquei a tampa com cuida, para que a tela se ajuste, ficará assim:

Observe se a tela ficou posicionada corretamente e não tem furos.

Em geral para um betta, duas garrafas são suficiente para alimentá-lo duas vezes por semana com dáfnias.

Encha a garrafa com água de traca parcial de um aquário ou se não tiver use água mineral até a altura que vem o refrigerante, e deixe em um local onde pega muito sol (uma varanda por exemplo)
Dica: Para acelerar um processo, você pode utilizar um pouco de adubo para plantas (torta de mamona), para acelerar o processo.

Entre uma e duas semanas, dependendo da água que usar a garrafa ficará assim:

Agora você pode pegar seu start de Dáfnias e inserir na garrafa e só esperar uma semana, para que tenha dáfnias em boa quantidade para seus peixes.


Olhem o resultado de 7 dias, após a introdução de um pequeno start de pouco mais de 10 exemplares









quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Tratamento doença dos caroços na cabeça do betta

Essa doença que estou chamando aqui de “Caroços na cabeça”, é um problema que me deparei em minha criação e que não consegui diagnosticar como nenhuma doença que vi na internet, sendo assim batizei a doença dessa forma.
Perdi  alguns bettas com este problema, mesmo pesquisando não encontrei sintomas parecidos na internet e muitos dos tratamentos que recomendaram não surtira efeito. Foi tentando salvar meus peixes e vendo o que ocorria com cada um, os sucessos e fracassos que consegui uma forma de curar, e quero compartilhar com vocês.
Mas quero lembrar também, que não sou veterinário, muito menos engenheiro de pesca , sou apenas um criador de peixes compartilhando sua experiência, então o uso desse método fica por conta e risco de quem se dispor a utilizá-lo, uma vez que não tem cunho científico.
Já tive este problema em duas Fêmeas Pk Butterfly, na ocasião devido a coloração do peixe fiquei em dúvida sobre os pontos, daí a cabeça de uma delas amanheceu bastante inchada e o peixe morreu em 1 dia após esse sintoma, então fiz tpa de 100% da água da outra e dei um banho de sal. Esse procedimento parece retardar a doença por alguns dias, mas ela voltou com força total e o peixe não resistiu.
Agora o problema foi em um Lf Comum, um betta muito bonito, que eu tinha muito carinho por ele. Utilizei o método de banho de sal, pois achei que como estava no início poderia curar, achei que a tentativa anterior não funcionol pois tinha sido muito tarde. Mas novamente apenas retardou a doença que voltou arrasadora e também perdi o peixe.
Adquiri alguns exemplares gigantes, realmente muito grandes e um deles apresentou o mesmo problema, como estava recém chegado,  pensei que poderia ser íctio, pois é bem parecido. Mas logo os caroços apareceram, eu sabia que banho de sal retardava o processo, então utilizei para ganhar tempo e montar uma estratégia para tentar reverte a situação. Tudo aconteceu como antes, a doença parece parar, mas depois vem com tudo, então utilizei Tetraciclina. A tetraciclina teve efeito sobre o inchaço, mas uma ferida enorme se abriu e começou a consumir a lateral do rosto do betta. Em 24 horas a ferida já estava do tamanho de um grão de arroz e dava para ver alguns pedaços dele no fundo do aquário. Foi então eu recorri a este método que vou explicar agora, e que salvou meu peixe.
Solução anestésica:
1ml de óleo de cravo da índia (Você encontra em farmácia ou lojas que vende produtos para as unhas)
1 Litro de água (Eu utilizo água mineral, pois condicionador interfere na ação dos medicamentos)
4 ml álcool 70%
Modo de preparo:
Em um recipiente pequeno, dissolva o óleo no álcool e misture bem.  Encha um recipiente que comporte o peixe com 1 litro de água mineral e mistura a solução de álcool e óleo de cravo.
Preparo da betteira
Após o processo que vou descrever o betta deve ser posto em uma betteira /aquário com uma solução de tetraciclina, para ajudar na cura do mesmo. Eu sugiro um recipiente de uns 2 litros, pois recipientes muito grandes demandam mais medicamentos.
Em um recipiente com dois litros de água, você vai misturar 1/6 de uma capsula de tetraciclina, para ajudar você na medida, vou explicar como faço, a cápsula quando aberta possui duas metades, uma maior que a outra, no meu caso o lado preto. Encho a metade o lado peto (Menor), até um pouco menos que a metade e ponho no recipiente onde ficará o betta. Depois mecha até que o medicamento se dissolva.
Você deve preparar isso previamente, pois logo após o procedimento que vou ensinar em seguida, o betta deve ser posto nesta solução.
Limpeza das feridas
Você vai precisar de água oxigenada, tintura de iodo e 2 cotonetes. Também vai precisar de um pedaço de tecido limpo umedecido com água sem cloro (água mineral mesmo).
Agora vamos ao procedimento:
O betta deve ser posto no recipiente com solução anestésica para que perca os sentidos, você pode ter em mãos uma pequena vareta, para ir tocando nele até que note que não reage mais ao toque.  Não deixe o peixe lá por mais de 10 minutos, se ele não dormir em 5 minutos, você pode preparar um pouco mais de solução de óleo de cravo e álcool e ir adicionando aos poucos até que ele se mova pouco ou pare de se mover.
Com o peixe já sedado, retire-o da solução e ponha sobre o pano úmido (cuidado, faça esse procedimento em um local próximo do chão ou em um local que caso o peixe venha a pular, não caia de um local alto.
Eu cubro o peixe com o pano úmido, como se fosse um lençol deixando a  cabeça para fora, isso ajuda pera o caso de ele tentar pular.
Umedeça o cotonete com água oxigenada, não encharque pois o produto não pode escorrer sobre o peixe, pois queima a mucosa dele. Passe o cotonete levemente sobre as ferida, tenha cuidado com os olhos e evite por dentro das guelras.
Agora umedeça outro cotonete com tintura de iodo, tenha os mesmos cuidados que teve com a água oxigenada e passe nos ferimentos.
Depois disso o peixe deve ser posto na betteira com tetraciclina que preparamos anteriormente.
A princípio ele vai ficar parado boiando um pouco, mas com o passar dos minutos o efeito da anestesia vai passando e ele vai ficando bem.
A alimentação viva com dáfinias ou artêmias é muito indicada, pois como são filtradores, quando estão em contato com a água medicada do aquário, acabam levando medicamento para o interior do peixe ajudando na recuperação.
A água deve ser trocada 100% diariamente por 8 dias, repondo a tetraciclina.
Após 8 dias, mesmo que o peixe não apresente mais os sintomas, faça uma tpa (troca parcial de água) de 100% sem repor tetraciclina, ponha 5 gramas de sal grosso e um pedaço de cerca de 10x10cm de folha de amendoeira.
Trocar a água 50% diariamente, sem repor o sal, durante 7 dias. Observe o peixe, se nenhum sintoma for observado e os ferimentos tiverem cicatrizado, pode voltar o peixe a condição normal de tpa (que não deve exceder 7 dias).
Este método já salvou 4 bettas, três dos quais encontrei com este problema em uma loja e pedi ao vendedor que deixasse que eu os levasse para tratar o problema.
Espero que essas informações lhe sejam úteis e ajudem a salvar seu peixe ou mesmo sirva como aprendizado para você. Utilizei aqui uma linguagem bem simples pois este texto tem como finalidade atender a todos os níveis de aquaristas.

O método mais eficiente para combate de doenças ainda é a prevenção, tpas (Troca parcial de água) regulares, uma alimentação balanceada e espaço, são fundamentais para que os peixes vivam plenamente.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Como desenvolvi Minha Técnica de Quarentena de Peixes

As observações que farei a partir de agora foram resultados de experiências que tive e pesquisas que fiz na Web, porém não sem nenhum embasamento científico de minha parte, uma vez que minha formação não tem absolutamente nada haver com a área Biológica.
Um breve história...
Você passa em uma loja vê aquele peixe que você estava procurando há meses, você não resiste e o leva para casa, contrariando sua mãe ou esposa.
Chegando em casa, você faz todo processo de aclimatação, afinal de contas, você é experiente não vai dar um choque de Ph ou temperatura no peixe.
O peixe está lindo, esbanjando saúde, o vendedor falou que já foi quarentemado em sua loja e realmente, não apresenta nenhum sintoma além de alimentar-se normalmente.
Hora da soltura, pronto, nada normalmente e parece bem adaptado aos demais moradores do aquário, lindo, você tira algumas fotos para postar para os amigos, afinal aquele é um exemplar é um espetáculo.
Dois dias depois, você verifica que o peixe parece nadar estranho, isso não é normal, você é um bom aquarista, observa seu aquário diariamente para perceber qualquer variação e aquilo definitivamente não é normal, você retira o peixe para o aquário hospital para ficar em observação, enquanto entra no fórum para tentar ajuda de um amigo com mais experiência.
No dia seguinte, o peixe está morto, ao observar seu aquário, verifica que tem outro peixe morto, situação se repete dia após dia, a sequencia é impressionante, ao fim de duas semanas restaram apenas alguns poucos peixes de fundo. Seu aquário antes tão lindo e motivo de orgulho fora dizimado.
Você reflete sobre o ocorrido, investira em um aquário high tech, equipamentos de ultima geração que monitoram os principais parâmetros da água, iluminação especial, filtragem superdimensionada com mídias de excelente qualidade, a alimentação dos peixes é de uma marca conceituada. Investiu também um aquário hospital com os equipamentos necessários, mas esqueceu de um ponto chave, você não tem aquário para quarentena (Aquário de quarentena, é um aquário devidamente ciclado, com filtragem e iluminação, onde o peixe deve passar por volta de 40 dias antes de ser introduzido no aquário principal).
Este relato que acabei de passar para vocês, é na verdade a triste experiência que tive, quando introduzi quatro botias palhaço em meu aquário plantado em 10/2007 e uma delas apresentou sintomas de tuberculose, em duas semanas perdi quase todos os meus peixes, com exceção de duas coridoras que tenho até hoje.
Aprendi da pior forma possível que a quarentena é algo que muitas vezes não se dá muita atenção, más é extremamente importante e pode ser a linha entre o sucesso e o fracasso de uma montagem.
Montei um aquário apenas para quarentena, nada entrava em meus aquários sem que antes passar por este processo, fossem plantas, invertebrados ou peixes.
Porém em 04/2010, tive um surpresa muito desagradável.
Recebi oito bettas fêmea que um amigo me trouxe da Tailândia, eram bettas extremamente lindos, percussores da linhagem super gold e com excelente potencial genético. Os peixes foram postos em um aquário de quarentena e após este período, duas fêmeas foram introduzidos em um aquário de fêmeas White Dragon, enquanto as demais foram postas em aquário separado.
As bettas postas com os Dragon apresentaram infecção por Columnaris, à doença se alastrou e eu perdi todas as fêmeas daquele aquário. Fiquei sem entender, mesmo após os 40 dias a doença apareceu e mais intrigado quando percebi que os bettas postos no aquário apenas com Golds, não apresentaram nenhum sintoma.
Pesquisei bastante e li um texto muito interessante que desmistificou para mim o problema. O texto possuía um paragrafo sobre quarentena que me chamou a atenção, informando que não necessariamente o peixe que chega deve estar doente para gerar um problema. Um aquário é um ambiente complexo, que atinge um equilíbrio com a maturação, este equilíbrio significa também uma resistência por parte dos indivíduos que ali vivem em relação a alguns patógenos contidos no sistema. Quando um novo peixe é introduzido, seu sistema imunológico talvez não esteja pronto para aquele ambiente, isso atrelado a stress, pode fazer com que tais patógenos venham a aproveitar-se dessa baixa imunidade para se manifestar. Com isso o peixe recém-introduzido serve de veículo para que a doença ganhe força e se espalhe para os demais indivíduos. O patógeno até então inofensivo para os habitantes do aquário, agora se torna uma epidemia.
Entendi meu erro, em nenhum momento os bettas que chegaram tinha tido contato com a água do aquário para o qual iriam. Novamente descobri da pior forma possível.
Baseado nas experiências que tive, hoje utilizo o sistema de quarentena da seguinte forma: Os peixes são introduzidos no aquário de quarentena, a cada 10 dias, é realizada uma Tpa de 50% do volume do aquário, introduzindo 30% de água nova + 20% de água do aquário principal.
Após a utilização deste método, verifiquei que a introdução da água do aquário faz uma grande diferença e por muitas vezes resultou em prevenção de inúmeros problemas que foram detectados ainda durante a estadia dos peixes na quarentena.

Espero que tenham gostado e que as informações sejam úteis para vocês, e peço desculpas por erros que por ventura venha a identificar no texto.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Tratamento Eficaz contra Hidropsia

Este texto não tem embasamento científico, tudo que será apresentado aqui é baseado em experiencia prática. Sendo assim, me responsabilizo por nenhuma perda que o mesmo venha causar.
Primeiramente gostaria de lembrar que não descobri a cura para 100% dos casos de Hidropsia, apenas desenvolvi uma metodologia de eleva em 50% as chaces de sucesso no tratamento.
Este método não é adequado para inciantes, por ser perigoso.
Toda e qualquer enfermidade o melhor remédio é a prevenção!

PROCEDIMENTO

Preparo da solução anestésica

Diluir 0.5ml de óleo de cravo em 2ml de álcool 70%, em seguida adicionar a mistura em 1L de água mineral.

Preparo da água do aquário hospital
Diluir 1 comprimido de 500mg de tetraciclina em 10 ml de água mineral, coletar 0.1 ml da solução para cada litro de água do aquário.
Utilizar Sal amargo na proporção de 5g por litro
Deixar a temperatura do aquário em 28°C (utilizar termostato)

Procedimento para remoção do líquido da hidropisia:

Em um recipiente que comporte 1 litro da solução anestésica, o peixe deve ser posto até que perca os sentidos.
Após a perda dos sentidos, o mesmo deve ser posto sobre a toalha úmida, que deve ser umidificada a cada 20 segundos, pondo água principalmente na cabeça do peixe.
Com um cotonete umedecido em tintura de iodo, passe suavemente sobre a lateral esquerda do abdômen do peixe.
Com uma seringa de 1ml , inserir a agulha na lateral esquerda do abdômen e puxar levemente o líquido do interior do peixe. Em geral é necessário fazer 3 furos, sempre na esquerda.
O Procedimento deve levar menos de 2 minutos, pois o peixe começará a acordar e pode pular.

Inserir o peixe no aquário hospital com a solução preparada anteriormente e trocar 70% da água a cada 24 horas

Alimentação:

Manhã
1 camarão cru
1 dente de alho
Picar bem o alho com uma colher de café de água (Sem cloro), amassar bem e coar em um filtro de café.
Picar o camarão em pedações bem pequenos e adicionar o alho e servir pequenos pedaços a medida que o peixe vá comendo.

Obs: não podem ficar pedaços no aquário, se o peixe não comer sifone o fundo.

Tarde
1 gota de suplemento vitamínico (Avitrin Plumas), para 100ml de água mineral
Adicionar 1ml da solução a pasta de camarão, aguarda 10 minutos e servir os pedações ao peixe.

Noite
2 gotas de oxitetraciclina (Avitrin Antibiótico), para 50ml de água mineral.
Adicionar 1 ml da solução a pasta de camarão, aguardar 10 minutos e depois servir os pedaços ao peixe.